10 formas de humanizar o processo seletivo

10 formas de humanizar o processo seletivo

Sete em cada dez pessoas acham os processos seletivos muito impessoais, o que revela a importância de adotar a gestão humanizada. Veja como

Depois de mais de dez anos como recrutadora, tenho certeza de que o tema processo seletivo humanizado deveria estar na pauta de todas as empresas, todos os profissionais que se dispõem a trabalhar com recrutamento e todos os gestores. Mas, infelizmente, essa nem sempre é a prática, apesar de fazer muita diferença na vida do candidato e no dia a dia do próprio negócio quando as contratações são feitas com foco no ser humano.

Um estudo com 2163 respondentes divulgado pela American Staffing Association (ASA) mostra que sete em cada dez americanos acham os processos seletivos muito impessoais. E oito em cada dez entrevistados consideram o envio de suas candidaturas em processos seletivos similar ao tratamento dado a uma caixa secreta. Além disso, 85% dos respondentes considera que o contato pessoal seria mais útil na busca por um trabalho, se comparado a ferramentas da internet.

Com base nisso trago algumas reflexões sobre ações simples que costumam encantar os candidatos:

  • Aja com empatia – Coloque-se no lugar do outro, com simpatia e educação, sem querer parecer melhor do que essa pessoa, entendendo que ninguém deve se colocar em posição de superioridade. Empresas e cargos são sobrenomes temporários na vida das pessoas.
  • Apresente as etapas do processo com clareza – O candidato vai se sentir muito mais seguro, calmo, confiante e respeitado se, desde a primeira conversa, ele souber de forma clara e objetiva quais são as etapas da seleção e suas chances de evolução.
  • Dê e peça feedbacks – O recrutador deve se preocupar em questionar o candidato sobre o que ele achou da entrevista e abrir espaço para que essa pessoa faça perguntas e esclareça dúvidas. Aos headhunters, recomendo, no dia da entrevista, ligar para o candidato um pouco antes do bate-papo para relembrar informações sobre o perfil da posição e do entrevistador.
  • Crie proximidade com o candidato – Recomendo que quem estiver fazendo as intermediações das etapas do processo seletivo, agendando as entrevistas, demonstre real interesse em dar suporte ao candidato, incluindo informações sobre o que esperar da conversa, o tempo disponível para o encontro e a vestimenta ideal, entre outras informações úteis.
  • Inclua pelo menos uma etapa presencial no processo – Sem dúvida, as entrevistas online têm otimizado muito os processos seletivos. Mas já ouvi de vários clientes que, apesar de toda a tecnologia disponível, eles sentem um maior engajamento dos candidatos quando o processo seletivo conta com uma ou mais etapas presenciais. A alegação é que a tecnologia pode agregar certa frieza ao processo seletivo, gerando insegurança tanto no candidato quanto em quem o entrevista.
  • Estabeleça um canal de comunicação com o candidato – Desde o primeiro contato, combine com o candidato por qual meio ele pode obter informações e esclarecer dúvidas sobre o processo. Pode ser por e-mail, WhatsApp, SMS ou telefone. E claro, ter o cuidado de retornar se alguém fizer contato.
  • Alinhe expectativas – Isso quer dizer estabelecer uma comunicação clara sobre os requisitos da vaga em aberto comparado às forças e pontos de melhoria do candidato para dar chance que ele explore melhor seus pontos de afinidade com a oportunidade oferecida.
  • Preze pela pontualidade – Receber o candidato no horário combinado, seja presencialmente ou em uma sala online, também é sinal de respeito. Por isso, ao agendar uma entrevista, certifique-se de bloquear as agendas de todos os envolvidos.
  • Transforme a entrevista em uma conversa – É muito intimidador para o candidato se sentir em um interrogatório. Então, o entrevistador deve ter o cuidado de fazer com que o clima da entrevista tenha espaço para que o candidato também fale e não apenas responda perguntas.
  • Dê feedback para aqueles que não foram aprovados –De preferência, faça isso por meio de uma ligação e não simplesmente pelo envio de uma mensagem padrão e fria. Quanto mais personalizado e pessoal, melhor. Afinal, o candidato investiu tempo e, às vezes, dinheiro para participar das etapas do processo seletivo. O mínimo que se espera é que ele receba um telefonema agradecendo a participação no processo e, sempre que possível, com informações reais que justifiquem o fato de ele não ter sido aprovado.

Aderir às iniciativas acima é uma excelente estratégia para trazer o candidato para perto da oportunidade, evitando perde-lo com facilidade para qualquer movimento da concorrência. Algo que pode ser muito prejudicial para o negócio dentro da constante escassez de talentos no mercado de trabalho, não é mesmo?

Fonte: Você RH