O papel crucial da educação e do capital humano no cenário econômico
Em face das previsões para o ano de 2025, estima-se que haja uma interrupção de 15% da força de trabalho brasileira, resultando na substituição de 85 milhões de empregos e na criação de mais de 90 milhões de novos postos de trabalho, de acordo com um estudo intitulado “O Futuro do Mundo do Trabalho para as Juventudes Brasileiras”.
Estes dados indicam a necessidade crescente de foco na formação educacional e experiências profissionalizantes para facilitar a entrada dos jovens no mercado de trabalho. Particularmente, os estados de Pernambuco e Ceará têm se destacado com altos índices no Censo Escolar de 2022, superando São Paulo, o estado mais rico do Brasil.
A cidade de Florianópolis está entre as dez cidades com melhor capital humano para empreendedorismo, conforme divulgado pelo Índice de Cidades Empreendedoras (ICE) de 2023. O índice leva em consideração a qualidade da mão de obra baseada em dados educacionais e as condições do mercado local.
Alex Araujo, CEO da 4Life Prime Saúde Ocupacional, um dos maiores empreendimentos do país, ressalta o avanço na percepção do valor do capital humano no mercado. Entretanto, ele alerta para o desafio da empregabilidade dos jovens, especialmente após a crise econômica causada pela pandemia, que resultou em afastamento do estudo e dificuldade de contratação para cargos superiores.
De acordo com Bruno Rizzato, diretor de produtos do Trampolim, aplicativo colaborativo de vagas de emprego, a aquisição e o desenvolvimento de habilidades técnicas e comportamentais são fundamentais para uma carreira profissional bem-sucedida.
O domínio de um segundo idioma também é um diferencial que pode impactar significativamente o salário, com aumentos que podem variar de 40% a 70% para vagas operacionais, podendo até dobrar o pagamento em caso de fluência.
Carolina Vieira, CEO da SIS Swiss International School, instituição que integra um dos maiores grupos de educação europeus, o Grupo Klett, afirma que um aprendizado bilíngue pode melhorar as funções cognitivas e a capacidade de resolução de problemas, e promover o desenvolvimento de uma atitude mais empática e aberta às diferenças na vida adulta.
Fonte: MundoRH