60% das empresas sofrem com as atitudes comportamentais de seus funcionários
O mercado de trabalho está passando por um momento de transformação, consequentemente, os perfis exigidos dos profissionais, seja de alta ou baixa gerência, também mudaram. Nesse contexto, o papel do líder está cada dia mais complexo, afinal, além de gerir a equipe, o líder, hoje, precisa ser estrategista, passar o propósito da empresa, saber delegar, e, principalmente, entregar resultados. “Com a horizontalização das empresas, o líder não é mais aquele que manda e os outros obedecem. Atualmente, ele cumpre outros papéis que incluem a motivação de seus colaboradores e o bom ambiente de trabalho”, explica Pierre-Jean Quetant, Country Manager da Learning Tribes Brasil.
Estudo realizado pela Capgemini Digital Transformations Institute, divulgado no final de 2017, comprovou que cerca de 60% das empresas pesquisadas sofrem com as atitudes comportamentais de seus funcionários, as chamadas soft skills, e que a demanda pelo desenvolvimento dessas competências teve um aumento considerável no último ano. Já na edição 2017 do Relatório Deloitte – Tendências Globais de Capital Humano, com base em pesquisa junto a empresas de todo o mundo, o item “Carreiras e Aprendizagem” subiu para o segundo lugar em classificação de importância, com 83% dos executivos respondentes identificando essas questões como tendências importantes ou muito importantes.
Segundo Quetant, além de ter conhecimento sobre sua área de atuação, o novo gestor precisa saber se comunicar, o que inclui a escuta ativa, integridade, dar assistência à equipe em diferentes demandas, ter conhecimento de coaching, entre tantas outras habilidades que podem e devem ser treinadas. “Por isso, o treinamento de líderes é tão valorizado e necessário no ambiente corporativo. Treinar e desenvolver habilidades, hoje, é o principal, já que a maioria dos líderes chega ao mercado com suas capacitações técnicas ‘em dia'”, afirma.
Entre as características buscadas pelas empresas estão agilidade e flexibilidade, ou seja, responder rapidamente às necessidades e ser capaz de lidar com imprevistos, sendo competente para mudar de acordo com a necessidade, principalmente, em um mercado de trabalho em constante mutação. “Um líder ágil, constrói uma equipe célere e com ‘jogo de cintura e, consequentemente, com menos entraves nas respostas aos clientes”, afirma Pierre.
Para o especialista, otimismo, solidariedade e benevolência também estão entre as capacidades valorizadas pelas empresas. “Não é possível trabalhar com um gestor derrotista. É preciso que sempre haja disposição para buscar novos caminhos”. Já a solidariedade e a benevolência entram na formação mais humana de uma equipe. “É preciso que o líder consiga ser o apoio de seus colaboradores, prezando pelo relacionamento, a harmonia da equipe, além de realizar a gestão do estresse em momentos de altas descargas emocionais”.
Pierre diz, ainda, que o papel do gestor está mudando, passando de um funcionamento vertical para um modo horizontal e a chegada de novas gerações aumentará o ritmo dessa mudança. O gestor deve saber não apenas delegar, mas responsabilizar suas equipes, criar grupos de projetos intergeracionais e multiculturais e dar sentido às tarefas das equipes. Nesse contexto, a retenção de talentos tornou-se um grande desafio para todo gestor”, finaliza.
Fonte: https://www.mundorh.com.br/treinamento-e-a-chave-para-a-formacao-dos-lideres-da-nova-geracao/