Hoje, a velocidade das transformações tecnológicas é uma das características mais marcantes do cenário corporativo. Prova disso é uma estimativa do World Economic Forum que aponta que quase metade das habilidades utilizadas atualmente deverá mudar até 2027.
As empresas que querem ser competitivas e aumentar sua performance precisam se adaptar a esse dinamismo. E é aqui que dois fatores essenciais entram em cena: um RH proativo e o lifelong learning (aprendizado ao longo da vida).
A área de pessoas desempenha um papel extremamente estratégico por estabelecer uma cultura que valoriza e incentiva o desenvolvimento constante dos colaboradores. Com iniciativas de capacitação recorrentes, os times podem se manter atualizados com as tendências de mercado e, ao mesmo tempo, aplicar os conhecimentos adquiridos em prol do crescimento do negócio.
Já em relação ao lifelong learning, os números falam por si só: a Deloitte aponta que as organizações que incentivam o aprendizado contínuo possuem 37% mais chances de aumentar a produtividade e 21% mais chances de elevar a receita.
Esses dados se justificam pelo fato de que os profissionais que nunca deixam de aprender garantem maior eficiência operacional para a empresa, já que sabem aplicar habilidades digitais e utilizar ferramentas tecnológicas que otimizam os processos. Além disso, esses profissionais conseguem se adaptar a novos contextos e contribuem para a geração de novas ideias.
E o melhor: ao mesmo tempo em que aumentam as chances de sucesso das estratégias corporativas, os times passam a valorizar essa trajetória iniciada com ações de desenvolvimento. Isso faz com que os colaboradores enxerguem oportunidades reais de crescimento de carreira na empresa, diminuindo as taxas de turnover e aumentando o engajamento.
Como o RH pode promover o lifelong learning?
Por estar intrinsecamente ligado à cultura organizacional da empresa, o primeiro passo para o RH incentivar o lifelong learning é ser um facilitador. A área de pessoas deve ir além do operacional e dos processos burocráticos e administrativos. Deve, sim, ser protagonista na criação e manutenção de ambientes inovadores.
Para acelerar negócios por meio da aprendizagem contínua, é essencial identificar as necessidades de desenvolvimento da equipe e implementar programas que incentivem a busca constante por conhecimento. Ou seja, as equipes precisam compreender claramente o quanto o lifelong learning pode ser um diferencial no dia a dia.
As opções de formatos são inúmeras e variam conforme os objetivos: cursos, treinamentos, palestras, workshops, parcerias com instituições de ensino e plataformas de e-learning, mentorias e job rotation são algumas das alternativas. A escolha depende de como essas opções se alinham às demandas da organização e dos times. Sem falar na flexibilidade dos modelos, que podem ser híbridos, síncronos ou assíncronos, atendendo a diferentes necessidades dos colaboradores.
Ainda vale ressaltar que as lideranças não devem ficar de fora dessa jornada. Os gestores são aliados do RH nesse movimento, pois são referências para os colaboradores e contribuem para difundir a cultura de aprendizagem da empresa. São responsáveis por preparar seus liderados para enfrentar desafios complexos e dinâmicos, de forma que não tenham medo de experimentar novas ideias e reajustar estratégias quando necessário.
De olho nas tecnologias emergentes
Mais do que olhar para a capacitação dos times em habilidades digitais, a tecnologia também tem o potencial de ser uma aliada nas próprias ações de desenvolvimento. A mensuração de resultados, por exemplo, é uma possibilidade real por meio dos sistemas de gestão de aprendizagem, que oferecem trilhas de capacitação personalizadas e acompanham a performance dos colaboradores.
Muitos ainda podem pensar que investir nesses recursos e na educação corporativa é apenas um gasto, quando, na verdade, esse investimento no potencial humano é o maior ativo de qualquer empresa. Um RH que possui essa visão é capaz de transformar negócios inteiros e extrair o máximo potencial dos maiores talentos do mercado.
Fonte: Mundo RH
